Os números assustam e revoltam. O Brasil registrou, neste ano, um recorde de apreensões de medicamentos piratas - aqueles fabricados sem permissão da Vigilância Sanitária. Somente no primeiro semestre, a Anvisa e a Polícia Federal apreenderam trezentas e dezesseis toneladas de remédios falsificados, que simulam os efeitos colaterais. Os dados foram divulgados, nesta terça-feira, pelo jornal O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem, dois fatores contribuíram para esse cenário preocupante: o crescimento da ação de quadrilhas e o reforço da fiscalização, principalmente nas fronteiras.
De acordo com o Ministério da Justiça, os remédios piratas já chegaram às prateleiras das farmácias e drogarias de todo o País. Num ato de covardia, esses estabelecimentos alimentam a rede de falsificadores e colocam em risco a saúde da população, uma vez que os falsos remédios não fazem o efeito necessário para combater a doença. E mais um alerta: o produto pode conter doses erradas de matéria-prima que podem trazer sérias consequências ao paciente.
Na semana passada, foi lido requerimento de minha autoria que cria uma CPI para investigar a falsificação de medicamentos e equipamentos médicos, no País. A Comissão Parlamentar de Inquérito será composta de 11 senadores e sete suplentes e funcionará pelo prazo de 180 dias. Peço urgência à instalação do colegiado para que o mais rápido possível possamos investigar esse crime hediondo. A contribuição do Senado é importante para ajudar a colocar atrás das grades quem engana e tira a esperança dos que esperam pela cura.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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