segunda-feira, 25 de maio de 2009

FILHOS DO CORAÇÃO
Hoje é o Dia Nacional da Adoção. É data destinada a homenagear pais que geraram filhos de coração, mas também está voltada à reflexão.

Além de um ato de amor, a adoção representa, provavelmente, a única chance para centenas de crianças e adolescentes terem uma família. De um lado, a criança à espera de um lar, de amor, de cuidados. De outro, candidatos a pais que também sonham com a chegada de um filho. No meio deles, a Justiça, pronta para realizar esse encontro.

Segundo estimativas extra-oficiais, existem, hoje, no País, mais de duzentas mil crianças e adolescentes vivendo em abrigos, à espera de uma família que os adote. Sabe-se que a criança ideal, nos sonhos dos casais inférteis, tem geralmente o rostinho rosado, é bebê, menina e sem uma história traumática. No entanto, nos abrigos e orfanatos, a realidade é bem diferente. A maioria é negra ou parda, tem casos de maus-tratos ou abandono e idade superior a 3 anos. Aí está, provavelmente, a explicação de porquê as contas não fecham.

Ao contrário do que muita gente pensa, o número de candidatos a pais, nos juizados de todo o País, é maior que o de crianças. Para combater o preconceito, a Justiça do Rio de Janeiro tomou uma medida polêmica. Desde julho de 2005, não é mais possível escolher cor, sexo, nem idade da criança que espera a oportunidade de ter um lar. Criado em abril em 2008, o Cadastro Nacional de Adoção - uma contribuição do Congresso Nacional - está ajudando a agilizar o processo por meio do mapeamento de informações unificadas. Mas, de qualquer forma, é certo que os filhos adotivos não devem ser simples objeto de desejo de casais que não podem gerá-los. A criança ideal é toda aquela que precisa de um lar.

Aos pais adotivos, minha admiração.

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