segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ficha limpa é obrigação

As divergências sobre a aplicação da futura lei da Ficha Limpa, que impede condenados em primeira instância de disputar eleições, serão apreciadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Enquanto a sociedade aguarda a análise dos princípios constitucionais e regras eleitorais, defendo desde já a ética na vida pública a qualquer tempo. Não é admissível que candidatos se escondam atrás do mandato para não responder por seus atos ou mesmo cometer ilícitos. O mandato não é escudo, mas uma procuração dada pelo eleitor para que o homem público aja em nome dele para o bem comum.

Não tenho dúvida de que a probidade administrativa e a moralidade para o exercício do mandato deve considerar a vida pregressa do candidato. Para ser servidor público, por exemplo, o candidato tem sua vida investigada e qualquer problema impede a sua posse. Não há razão para o homem público também não se submeter às mesmas regras, uma vez que ele também é um servidor.

Ressalto ainda a responsabilidade das direções partidárias na escolha dos seus candidatos, caso as novas regras passem a valer apenas a partir da publicação da nova lei. Assim, os partidos têm o dever de abrigar em seus quadros homens e mulheres comprometidos com o interesse público.

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